MOURA, Kelma Rayanne Santos et al.. Depressão e idoso: uma revisão sistemática. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/2820>. Acesso em: 23/11/2024 01:41
INTRODUÇÃO: Desde o século XX ocorre uma mudança na pirâmide etária mundial, ou seja, o processo de envelhecimento está ocorrendo de forma mais rápida em países em desenvolvimento. A depressão é caracterizada como um distúrbio da área afetiva que apresenta forte impacto em qualquer faixa etária, envolvendo vários aspectos biológicos, psicológicos e sociais, e é relatada como tristeza, saudade e desânimo. Essa patologia associada a demência vem incapacitando idosos, já que leva à perda da independência e da autonomia e causa agravamento em quadros patológicos já existentes, atingindo 20% da população idosa. OBJETIVO: Mostrar a prevalência da patologia nos idosos atentando para os fatores de risco, diagnóstico e tratamento. METODOLOGIA: Trata-se de uma Revisão Sistemática da Literatura, a partir da necessidade de avaliação de artigos que contemplasse a depressão no idoso. Utilizou-se as bases de dados BVS, SciELO e LILACS. Foram utilizados os descritores ‘idoso, ‘depressão’ e ‘envelhecimento’ para a busca, obtendo-se um total de 1.854 artigos, sendo 112 no idioma português, onde apenas 53 eram em texto completo. Destes, fizeram parte da amostra apenas seis artigos, pois os demais não se trataram de pesquisas direcionadas ao objetivo proposto. RESULTADOS: A depressão é uma doença frequente na velhice e tem uma prevalência de 4,8 a 14,6% em idosos que vivem na comunidade e 22% em idosos hospitalizados ou institucionalizados. Seus sintomas podem ficar despercebidos pelo envelhecimento, pelo uso de medicações ou pela presença de doenças associadas. Segundo a literatura, os indivíduos otimistas tendem a ter melhor saúde, a viver mais e a ter bom humor, já os indivíduos que são pessimistas têm maior chance de desenvolver doenças como a depressão. Os principais fatores de risco para o surgimento de doenças depressivas são a viuvez, a falta de dinheiro, a solidão, a mudança no papel social, tal como a aposentadoria e a perda de pessoas próximas. O diagnóstico da depressão é dado pela anamnese detalhada, tanto com o paciente como com seus familiares ou cuidadores, exame psiquiátrico minucioso, exame clínico geral, avaliação neurológica, identificação de efeitos adversos de medicamentos, exames laboratoriais e de neuro-imagem. Inicialmente, há a necessidade da identificação de fatores que estariam desencadeando a depressão, ou mesmo agravando uma depressão já existente. O tratamento da depressão no idoso tem por finalidade reduzir o sofrimento psíquico causado pela doença, diminuir o risco de suicídio, melhorar o estado geral do paciente e garantir uma melhor qualidade de vida. As estratégias de tratamento envolvem psicoterapia, intervenção psicofarmacológica e, quando necessário, eletroconvulsoterapia. CONCLUSÃO: A depressão é uma condição mental difícil de ser diagnosticada no idoso, e quanto mais tardia sua descoberta maior o risco para o agravamento de doenças pré-existentes. Um quadro depressivo desenvolvido por um idoso que não é diagnosticado precocemente pode evoluir concomitantemente com outras patologias. É dever do enfermeiro em seus serviços garantir ao idoso um cuidado direcionado e integral, oferecendo assim um serviço com qualidade e eficácia.