A seca remonta uma história de lutas que caracterizaram a formação espacial e a construção dos sertões. Apesar de ser um problema que têm afligindo grande parte das regiões brasileiras, é no Nordeste onde os impactos socioambientais sempre foram mais alarmantes e visíveis. A característica semiárida predominante, com altas temperaturas e baixos índices pluviométricos, é responsável em parte, pela escassez dos recursos hídricos durante alguns períodos do ano. Por outro lado, é importante uma análise mais profunda sobre o quadro descrito, dado que o maior problema responsável pela falta de água é transparecido no gerenciamento e manutenção desse bem, essencial a sobrevivência. A cidade de Pau dos Ferros, localizada na Mesorregião Oeste do estado brasileiro do Rio Grande do Norte, transparece uma das várias realidades observadas em meio aos encalces impostos pela estiagem. A imposição de uma configuração em que predominam altas temperaturas e baixos índices pluviométricos, têm impactado diretamente a rotina de sua população. Como consequências, a seca modifica o panorama organizacional em larga proporção seja no âmbito social, econômico ou urbanístico. Nesta perspectiva, o presente estudo tem como objetivo principal analisar a crise hídrica no município de Pau dos Ferros, no intuito de compreender as principais causas para o quadro crítico vivenciado. Com efeito, é traçado o percurso da situação pluviométrica e dos reservatórios locais nos últimos cinco anos, conhecendo assim, os fatores que impulsionaram as consequências para a localidade, bem como as possíveis alternativas para a amenização do quadro climático reinstaurado.