Em 2015, a produção de petróleo em território nacional se dividiu em 245 campos onshore e 85 campos offshore, tendo a utilização de métodos de elevação artificial como fator essencial para possibilitar e otimizar a produção em alguns destes campos. O presente trabalho tem como objetivo analisar os métodos de elevação aplicados em campos brasileiros e realizar um levantamento de quais são os métodos mais utilizados, relacionando-os com dados de produção. Para 30 campos produtores, sendo 15 onshore e 15 offshore, foram identificados bombeio mecânico com hastes (BMH), bombeio por cavidades progressivas (BCP), gas lift (GL) e bombeio centrífugo submerso (BCS) como métodos de elevação artificial. Dados de produção de óleo e gás, °API e profundidade de lâmina d’água em ambientes marítimos de cada campo foram obtidos do Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP). O BMH, apesar de amplamente utilizado, enfrenta uma série de limitações em ambientes marítimos, sendo o GL e o BCS os métodos mais adequados para estes campos. Nos campos onshore a produção foi predominantemente elevada pelo BMH, enquanto que em campos offshore o BCS foi responsável por elevar maior parte da produção. Quanto ao °API, nos campos marítimos, o BCS foi utilizado para óleos viscosos e o GL para óleos mais leves. Nos campos onshore, o BMH foi o método utilizado para produzir óleos leves. Nos campos offshore, uma relação com o aumento da profundidade de lâmina d’água e a escolha do método de elevação foi constatada: em maiores profundidades, a frequência do GL aumenta em comparação aos métodos de bombeio. Apesar da frequência do BCS diminuir com o aumento da lâmina d’água, a aplicação deste método tem um aumento expressivo em águas ultraprofundas. O estudo conseguiu satisfatoriamente analisar os campos identificados e os métodos de elevação utilizados, relacionando-os com as suas aplicações e limitações.