INTRODUÇÃO: A transição demográfica que o Brasil vem sofrendo nos últimos anos é um reflexo maior urbanização da população e da ampliação do acesso à tecnologia e bens e serviços, o que acaba por acarretar o envelhecimento da população e uma mudança no seu perfil de morbidade e mortalidade. No Brasil, para os anos de 2014 e 2015, estima-se que ocorrerão aproximadamente 576 mil novos casos de câncer. O avanço nos métodos diagnósticos e tratamentos acabam por aumentar a sobrevida dos pacientes com câncer mesmo em casos de doença avançada. Com isso, são cada vez mais frequentes as hospitalizações para tratamento ou suporte paliativo, o que acarreta também um aumento à exposição aos riscos da internação hospitalar. A infecção hospitalar (IH), considerada um problema atual grave em crescimento no Brasil e no mundo, é um dos riscos a que os pacientes em internação estão expostos. Sua ocorrência é crescente, tanto em incidência quanto em complexidade, e repercute negativamente de várias formas, social e economicamente. OBJETIVO: Descrever os principais dispositivos invasivos em uso por idosos que desenvolveram infecção relacionada à assistência de saúde em um hospital de referência no tratamento do câncer. METODOLOGIA: Tal pesquisa é de caráter retrospectivo, descritivo e quantitativo. Desenvolvida no Serviço de Arquivo Médico e Estatístico do Hospital Dr. Luiz Antônio, em Natal, Rio Grande do Norte, entre os meses de novembro de 2015 a abril de 2016, com 47 prontuários de pacientes com idade igual ou superior a 60 anos, com câncer internados nas enfermarias do Hospital Dr. Luiz Antônio entre os anos de 2013 e 2014, os quais tenham apresentado infecção relacionada à assistência de saúde durante o período de internação notificada pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. O estudo foi aprovado por comitê de ética de pesquisa. RESULTADOS: A média de idade dos idosos desta pesquisa era de 71,3 anos, sendo 57,4% do sexo masculino, todos os 47 idosos faziam uso de algum dispositivo invasivo. A quantidade média de dispositivos em uso foi de 3, sendo o mínimo de 1 e máximo de 7 dispositivos em uso. A porcentagem de 89,4% dos pesquisados faziam uso de acesso venoso periférico, 63,8% utilizavam sonda vesical de demora, 34,0% o acesso venoso era via central e 23,4% estavam em uso de sonda nasoenteral. CONCLUSÃO: O referido estudo faz evidências a cerca de infecções através de dispositivos invasivos em uma população de idosos em um hospital de referencia em tratamento do câncer, de acordo a pesquisa foi observado que os pacientes com maior incidência de infecções eram os pacientes com dispositivos invasivos tais como; acesso venoso periférico, sonda vesical de demora e acesso venoso central. Diante desse contexto, é possível elencar ações para extinguir ou minimizar as infecções acarretadas por dispositivos invasivos, e promovendo uma melhor qualidade de vida e assistência