INTRODUÇÃO: Mundialmente, o envelhecimento é um fenômeno crescente. O Brasil apresenta demograficamente, uma rápida mudança na estruturação etária, talvez com o ritmo maior do que os apresentados nos países de 1º Mundo. De acordo com o Censo/2000 do IBGE, os Indicadores Demográficos Sociais apontam que na cidade de Cajazeiras, estado da Paraíba, de uma população de 56.110, 6.203 são idosos acima de 60 anos. O envelhecimento é conceituado como um processo universal, inserido no ciclo biológico, natural de todo o ser humano. A maioria das pessoas deseja chegar à velhice. Contudo, é certo que esse desejo é acompanhado de uma grande preocupação, que é a capacidade de executar tarefas que o deixem cuidar de si e viver com independência funcional. Independência funcional pode ser definida como sendo a capacidade que o indivíduo necessita para realizar atividades para assistir a si mesmo, tais como: banhar-se, comer, ir ao banheiro, vestir-se, mover-se na cama, passar da cama para cadeira e vice-versa, como também demonstrar controle dos esfíncteres urinário e anal. OBJETIVO: Investigar a capacidade funcional dos idosos cadastrados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) na cidade de Cajazeiras, PB. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo transversal, com amostra de 377 idosos com idade > a 60 anos, não institucionalizados, residentes na zona urbana e rural e cadastrados nas UBS de Cajazeiras. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Hospital Universitário Alcides Carneiro da Universidade Federal de Campina Grande, protocolo n° 20100712-051. Os idosos foram contatados em seus domicílios, aos quais foram apresentados os objetivos, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, e oferecido às informações pertinentes. Somente após a anuência do entrevistado e assinatura do referido Termo foi conduzida a entrevista. Foram aplicados 3 questionários: Sócio demográfico, para caracterização da amostra; MEEM, para verificar se o idoso tinha déficit cognitivo; e Barthel para avaliar o grau de dependência funcional. O idoso que apresentasse déficit cognitivo teria o último questionário respondido pelo cuidador. RESULTADOS: As análises foram realizadas utilizando o pacote estatístico SPSS – versão 18.0. Verificou-se que a capacidade funcional do idoso está comprometida negativamente com : o avanço da idade, cor, estado civil, coabitação, ocupação, auto percepção da saúde, presença e número de doenças crônicas , deficiência visual e/ou auditiva. CONCLUSÃO: Para o idoso contemplar de uma boa qualidade de vida, é necessário que haja uma interação entre: integração social, independência econômica e funcional, saúde, física e mental e, principalmente o carinho e apoio familiar. No entanto, as políticas de Atenção Básica à Saúde da pessoa idosa, preocupam-se somente com o trabalho assistencialista, deixando de tomar medidas concretas direcionadas a articulação de grupos de convívio, ações de prevenção e detecção precoce de doenças, acompanhamento e reabilitação desses idosos.