Artigo Anais I CONIDIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

UTILIZAÇÃO DA PALMA FORRAGEIRA COMO ALTERNATIVA PARA AS AULAS PRÁTICAS DE EXTRAÇÃO DE DNA NO ENSINO DE CIÊNCIAS

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Publicado em 09 de novembro de 2016

Resumo

A Caatinga se caracteriza por ser um “mosaico de arbustos espinhosos e florestas sazonalmente secas, que cobre a maior parte dos estados da região Nordeste e a parte nordeste do estado de Minas Gerais, no vale do Jequitinhonha”. Existe certa dificuldade de se caracterizar esse bioma, haja vista suas múltiplas fisionomias, pois, faltariam critérios para se estabelecerem os limites da transição desse bioma com a Mata Atlântica e o Cerrado, e, dessa forma é comum serem propostos parâmetros climáticos e até mesmo políticos nesses limites. O bioma Caatinga, apesar de estar situado em uma região semiárida, registra pluviosidades entre 300 a 800 mm ao ano. O clima dessa região, segundo a classificação de Köppen, é do tipo Bsh, semiárido, marcado por uma estação seca e outra chuvosa, onde a estação seca se inicia, geralmente, no mês de maio e se prolonga até o mês de janeiro. A molécula de DNA possui carga elétrica negativa e, consequentemente, tendem a se repelir entre si. A célula vegetal é bastante semelhante com a célula animal, porém se diferenciam em algumas estruturas, como a parede celular e os cloroplastos. Em muitos trabalhos sobre a extração de DNA é bastante utilizado, como modelo de fruta para essa finalidade, o morango. Esse trabalho teve por objetivo propor uma alternativa inovadora para aulas práticas de extração de DNA utilizando uma planta comum do semiárido nordestino, a palma forrageira. Coletou-se um fragmento do cladódio (“raquete”) da palma forrageira e o mesmo foi enviado no dia 03 de setembro de 2015 para o Laboratório de Química do IFPB – CAMPUS CAMPINA GRANDE para realizar a extração do DNA. O material foi acondicionado em sacos plásticos do tipo “ziplock” e foram adicionados 10 ml da solução extratora de DNA produzida a partir da preparação com 500 ml de água mineral, 30 ml de detergente neutro e 1 (uma) colher de chá contendo cloreto de sódio (sal de cozinha), por um período de 10 (dez) minutos. Observaram-se a formação de filamentos de DNA e aglutinados de pectina na fase superior ao DNA. Ambas podem ser distinguidas pelo fato de que na camada em que se encontra a pectina, esse material apresenta a consistência gelatinosa com presença de bolhas de ar, e no DNA os filamentos aparecem com aparência de uma nuvem esbranquiçada. O cloreto de sódio foi utilizado para que fosse dado ao DNA um ambiente favorável e o álcool foi utilizado para formar uma mistura heterogênea entre a solução salina e o DNA, formando assim, uma aglomeração do mesmo que pode ser visto como uma nuvem de filamentos esbranquiçados. De acordo com os resultados obtidos, constatou-se que foi possível extrair DNA da Palma Forrageira, planta comumente encontrada no semiárido nordestino. Espera-se que esse trabalho tenha contribuído para comprovar que a técnica utilizando a solução extratora realmente funciona e que esta também pode ser aplicada através de recursos existentes no bioma caatinga.

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