Este texto traz um mapeamento dos territórios quilombolas na região do Semiárido Brasileiro, tomando como referência a comunidade quilombola de Coqueiros (Mirangaba-Bahia), a fim de contribuir para a visibilidade desses grupos, que foram silenciados e negados historicamente. As reflexões apresentadas são resultados preliminares de pesquisa desenvolvida no Mestrado Profissional em Educação e Diversidade (MPED) e no Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Educação Contextualizada com o Semiárido Brasileiro (NEPEC-SAB) da Universidade do Estado da Bahia, tendo como objetivo principal investigar a contribuição dos processos educativos produzidos pela Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Coqueiros na construção da identidade territorial quilombola dos moradores, com o intuito de potencializar ações afirmativas e de fortalecimento dessa identidade. Para responder ao problema de pesquisa, nos apoiaremos na pesquisa etnográfica ancorada no método fenomenológico-hermenêutico e na abordagem qualitativa, tendo como dispositivos de construção de dados a observação participante, a entrevista semiestruturada e a análise documental e como técnica de análise de dados, a análise de conteúdos. Para a produção deste artigo realizamos busca de informações em sites oficiais sobre a questão quilombola no país e revisitamos estudos anteriores sobre a comunidade quilombola de Coqueiros. Os esforços realizados apontaram que a comunidade de Coqueiros, ganha evidência por sua localização geográfica, com grande relevância para a compreensão da formação dos quilombos e de seus modos de vida, bem como, das conquistas e dos entraves vividos pelas comunidades quilombolas no Brasil de hoje.