O presente estudo objetivou apresentar com base em uma revisão bibliográfica os aspectos relevantes da presença das cianotoxinas em reservatórios de abastecimento, os impactos ao meio ambiente e a saúde pública, além das técnicas de remoção. As cianobactérias têm sido citadas como um grupo predominante em ecossistemas aquáticos eutrofizados, cuja presença em sistemas utilizados para abastecimento público causa grande preocupação devido à perda da qualidade da água, dificuldade de remoção e encarecimento no processo de tratamento da mesma, além das implicações à saúde pública, ocasionadas pelos gêneros produtores de cianotoxinas. A presença de cianobactérias em ETAs (Estação de Tratamento de Águas) pode causar problemas operacionais em várias etapas de tratamento, tais como dificuldade de coagulação e floculação, baixa eficiência do processo de sedimentação, colmatação dos filtros e aumento da necessidade de produtos para a desinfecção. Entre as variadas tecnologias mais usadas para a remoção eficiente de células de cianotoxinas estão a pré-oxidação usando-se ozônio, derivados de cloro, peróxido de oxigênio, adsorção por carvão ativado em pó ou granular e argilas organofílicas adsortivas que possam garantir a preservação da saúde da população.