A melissopalinologia pode identificar a flora utilizada pelas abelhas e a quantidade de pólen no mel, sendo, portanto, um método alternativo. Entretanto, não há na literatura um padrão que possa ser usado para comparar. O presente estudo objetivou avaliar a veracidade de amostras de méis de origem desconhecida, vendidas às margens da BR-232, entre Calumbi e Flores no semiárido de Pernambuco, através da análise do volume e a diversidade do pólen de amostras de mel, e comprando com o mel de origem conhecida, coletados com confiabilidade na região. Quinze amostras de mel foram analisadas, sendo sete de origem desconhecida e oito de origem conhecida. De cada amostra, 10g de mel foram diluídas em 20 ml de água destilada e a solução foi centrifugada. Foram confeccionadas lâminas para contagem dos grãos de pólen por amostra. Os polens foram identificados no nível de família e/ou gênero com base em bibliografia especializada e calculada a sua diversidade. O volume do pólen do mel foi medido utilizando-se a câmara de McMaster, com metodologia adaptada de estudos em parasitologia. Foram encontrados 154 tipos polínicos. Entre as amostras de origem conhecida houve uma maior variação na taxa de diversidade, com exceção de duas amostras O volume encontrado para amostras de origem desconhecida apresentou variação de 5,27x 109 a 31,1 x 109 grãos de pólen/L e de origem conhecida entre 0,06 x 109 e 1,86 x 109 grãos de pólen/L. Verificou-se diferença significativa entre o volume das amostras de origem conhecida e desconhecida, que foi maior estatisticamente, evidenciando que o status desconhecido apresentou maior volume. Com base na diversidade e do volume de grãos de pólen encontrados no mel das amostras desconhecidas, não foi possível identificar se ocorreu adulteração nessas amostras.