O artigo trata do estudo da tendência da precipitação pluviométrica no Núcleo de Desertificação do Seridó, para os anos classificados como anômalos secos e muitos secos. Assim, o trabalho objetivou avaliar, para área de estudo, a tendência da precipitação pluviométrica em anos anômalos secos e muito secos. Para tanto, analisou-se a série temporal de 1911 a 2009. Ademais, fez-se uso dos seguintes recursos metodológicos e técnicos: Distribuições de Frequência, para observância do quantitativo e frequência; Medidas de Tendência Central e Dispersão, para descrição e análise da variabilidade; Testes de Kolmogorov-Smirnov, para avaliação de normalidade; gráficos Dot-plot, para análise de independência; teste T para amostra única (ɑ = 0,05), a fim de analisar o comportamento anual da precipitação, em relação à média; e, finalmente, o Teste de Mann-Kendall, para análise da tendência da precipitação acumulada anual por categoria. Os resultados iniciais apontaram que 35,4%, do total de dados série (99 anos), foram considerados abaixo do normal, sendo 15,2% desses identificados como muito secos e 20,2% como secos. Além disso, avaliando-se a variabilidade dos totais precipitados por categoria (muito secos e secos), percebeu-se maior variação dentre os anos muito secos (CV = 37,2%) em relação aos anos secos (CV = 9,9%). Além disto, notou-se que as precipitações acumuladas anuais, para ambas as categorias, não apresentaram diferenças significativas (ɑ = 5%) em relação à média da série. Finalmente, foram observadas tendências dispares, para as duas categorias em questão, sendo positiva para os anos muito secos e negativa para os anos secos.