A identificação correta das espécies que compõem os estratos do banco de sementes do solo é uma maneira segura de identificar e quantificar sua diversidade, onde o conhecimento da composição florística é um instrumento primordial para analisar a riqueza de espécies. Objetivou-se com esse estudo, avaliar a composição florística do banco de sementes do solo em área de caatinga pastejada por bovinos. A pesquisa foi conduzida em ambiente protegido (estufa) do Departamento de Agrárias e Exatas da Universidade Estadual da Paraíba, Catolé do Rocha – PB. Foram coletadas 5 amostras de solo no início de setembro (época seca) de 2015, com moldura de ferro vazado de 0,30 x 0,30m e 2,0cm de profundidade, lançada de forma aleatória na superfície do solo. Após a coleta os solos foram distribuídos em bandejas plásticas e mantidos sempre úmidos para possibilitar a germinação, que foi acompanhada durante 6 semanas. A partir do terceiro dia as sementes começaram a germinar, emergindo um total 237 indivíduos nos solos pastejados por ovinocaprino, sendo possível observar que a espécie pioneira foi do gênero Brachiaria. A curva de germinação do banco de sementes mostrou um pico inicial (boom de germinação), seguido de um rápido declínio a pouco menos de um mês após início da irrigação. Foram registradas 21 espécies, distribuídas em 11 famílias. Das espécies identificadas apenas Digitaria insularis (L.) esteve presente em todas as amostras de solo, denotando assim elevado potencial de adaptação ás condições a que são impostas. As famílias Leguminosae e Poaceae apresentaram o maior número de espécies no banco de semente do solo sob pastejo bovino. Animais em pastejo associado à sazonalidade climática exercem influência sobre a composição florística do banco de sementes no solo.