O semiárido brasileiro abriga cerca de 2,2 milhões de famílias, mais de 10 milhões de pessoas e se caracteriza pela reduzida disponibilidade de água e pela insegurança dessas fontes, acentuada pela diferença marcante entre o período chuvoso e o seco e a incerteza das chuvas. Se observarmos a atual situação da Paraíba que está inserida no semiárido Brasileiro, cerca de 90% das cidades estão em situação de emergência por conta da estiagem que atinge a região. Isso que corresponde a aproximadamente 196 dos 223 municípios do estado. Com a seca na região aumenta o processo de eutrofização, que resulta no aumento da atividade primária dos corpos de água e se expressa principalmente através do crescimento excessivo de componentes fitoplanctônicos, tais como microalgas e cianobactérias, surgindo a necessidade de aplicar o tratamento convencional nas águas de abastecimento do semiárido. O Carvão Ativado Granular quando associado ao tratamento convencional de água, pode ser utilizado sob a forma de colunas, configurando a pré-adsorção e a pós-adsorção. A capacidade adsortiva do CAG é alcançada no seu tratamento. A preparação envolve duas etapas principais: a carbonização da matéria-prima em temperaturas abaixo de 800 ºC em uma atmosfera inerte e ativação do produto a temperaturas de 950 a 1000 ºC. O processo convencional (coagulação química, floculação, sedimentação e filtração rápida) é a tecnologia de tratamento de água de uso predominante no Brasil. Logo, o tratamento convencional quando associado ao uso do Carvão Ativado Granular (CAG) tem sua importância na remoção de cianobactérias e cianotoxinas, como também na desinfecção dos subprodutos, sendo capaz de remover cor, sabor e turbidez dos efluentes.