Dentre as frutas tropicais produzidas no Brasil em 2013, o meloeiro (Cucumis melo L.) foi a que apresentou o maior volume e valor de exportação (US$ 147,6 milhões). Uma das possibilidades para se reduzir o emprego de insumos sintéticos aos solos e as plantas é a utilização de algas calcárias à base de Lithothamnium, como fertilizante. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o crescimento de mudas de meloeiro produzido mediante a utilização de diferentes doses e formulações de Lithothamnium e tipos de substratos no cultivo do meloeiro. Os experimentos foram realizados no Laboratório de Fitopatologia II e na Casa de Vegetação na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Campus Mossoró (RN), utilizando a cultura do Melão cv. “Gladial”, no período de janeiro a maio de 2014. O solo utilizado nestes experimentos foi previamente esterilizado em autoclave por 60 min, a 121oC e pressão de trabalho de 1,2 ATM, por três vezes. O substrato utilizado foi o ‘Tropstrato HT’ da empresa Vida Verde. As sementes de melão utilizadas foram da cultivar ‘Gladial RZ’, tipo amarelo, da empresa Rijk Zwaan. Por meio da empresa VALEAGRO (Petrolina-PE), o produto a base de Lithothamnium utilizado neste experimento foi adquirido. No experimento 1, foi utilizada uma mistura de solo + substrato, na proporção de 3:1 em volume. No experimento 2, foi utilizado substrato ‘Tropstrato’. Os tratamentos foram: T1- Testemunha absoluta; T2- Lithothamnium Líquido na dose 10Kg/ha; T3- Lithothamnium Líquido na dose 20Kg/ha; T4- Lithothamnium Líquido na dose 30Kg/ha; T5- Lithothamnium pó-micronizado na dose 50Kg/ha. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, contendo cinco tratamentos e cinco repetições. Foram avaliadas as seguintes variáveis: altura da parte aérea-AP (cm); comprimento das raízes-CR (cm); peso fresco da parte aérea-PFPA (g); peso fresco das raízes-PFR (g); e peso seco das raízes-PSR (g). No experimento 1, foi verificado efeito estatístico significativo para as variáveis peso fresco da parte aérea (PFPA) e peso seco das raízes (PSR). Não houve diferença estatística mediante o teste de Tukey, ao nível de probabilidade de 0,05 para altura de planta, comprimento das raízes e peso fresco das raízes. Em relação ao experimento 2, foi verificado efeito estatístico significativo para as variáveis altura de planta (AP), peso fresco da parte aérea (PFPA), peso fresco das raízes (PFR) e peso seco das raízes (PSR). Não houve diferença estatística mediante o teste de Tukey entre as médias dos tratamentos para a variável comprimento das raízes. Em ambos os experimentos, o Lithothamnium se mostrou eficiente no crescimento de mudas de meloeiro. Ao utilizar-se a mistura de solo e substrato, a dose que se demonstrou mais efetiva foi a de 20 Kg/ha do Lithothamnium líquido. Quando utilizado apenas o substrato ‘Tropstrato’, o Lithothamnium na formulação pó-micronizada na dose de 50 Kg/ha foi o que apresentou um maior incremento no desenvolvimento das mudas de meloeiro.