O queijo é um produto alimentício que, pelo seu alto valor nutritivo, ocupa lugar de destaque na culinária brasileira, sendo ainda muito comum na dieta populacional, abrangendo, na totalidade todas as classes sociais. Em alguns casos, na fabricação dos queijos, são feitas algumas práticas inadequadas. A mais comum é a de adulteração do produto por adição de amido na sua composição com intenção de ludibriar os consumidores. Essa prática pode ser detectada através de um indicador químico, chamado Lugol (Tintura de Iodo a 2%), que é adicionado a esses alimentos com intuito de verificar essa fraude. Esse trabalho teve por objetivo verificar a presença ou a ausência de amido em três (3) tipos de queijos em uma análise realizada em um laboratório, a fim de se detectar possível fraude nesses produtos, a qual pode acarretar problemas na saúde dos consumidores. Foram obtidas amostras de três (3) tipos de queijos diferentes, sendo 10 do tipo coalho, 10 do tipo manteiga e 12 do tipo parmesão ralado de diversas marcas. No momento da análise, as amostras foram distribuídas em vidros de relógio e placas de petri. Com o auxílio de espátulas foram retiradas, em diferentes regiões da amostra, duas sub-amostras (prova e contraprova). Sobre cada sub-amostra foram adicionadas 3 gotas de solução de Lugol (Tintura de Iodo a 2%), o qual é utilizado como indicador da presença de amido em substâncias. A partir dos métodos empregados obtiveram-se os seguintes resultados: das 10 (dez) amostras de queijo do tipo coalho analisadas, nenhuma apresentou adulteração em relação à utilização de amido, isso demonstra que a prática de alteração da composição do mesmo por meio da adição desse produto pode não ocorrer. Por outro lado, das 10 amostras de queijo do tipo manteiga analisadas, verificou-se que 3 (três) delas apresentavam certas quantidades de amido, nas quais 2 (duas) apresentaram pouca quantidade de amido e 1 apresentou uma grande quantidade do mesmo produto. Das 12 amostras de queijo ralado analisadas, verificou-se que 5 (cinco) delas apresentavam certas quantidades de amido, nas quais 3 (três) apresentaram pouca quantidade de amido e 2 (duas) evidenciaram uma grande quantidade do mesmo produto. De acordo com os resultados obtidos, pode-se afirmar que se constatou a presença de amido em queijos comercializados em alguns estabelecimentos da cidade de Campina Grande, PB, e observou-se um índice maior desse polissacarídeo no tipo manteiga em relação aos outros tipos de queijos analisados. Espera-se que esse trabalho possa contribuir para conscientizar os consumidores dessas possíveis fraudes, assim como alertar aos órgãos competentes para que se tenha uma maior fiscalização na fabricação desses produtos, evitando-se que os consumidores não venham a ser prejudicados através dessa atividade ilícita.