Resumo: Os agroecossistemas do Semiárido brasileiro são caracterizados por apresentarem limitações ao desenvolvimento produtivo. Esse fato se deve as condições edafoclimáticas e a ausência de tecnologias adequadas à realidade local. Outro fator a ser considerado, dentro do contexto dos desafios para o desenvolvimento produtivo das regiões semiáridas, é o alto índice de vulnerabilidade socioeconômica, tendo-se em vista a ocorrência de desigualdades na distribuição de terras e na concentração de rendas. A agricultura predominante no Semiárido é a do tipo tradicional de sequeiro, onde a produção só ocorre com abundância de águas pluviais, tornando-a impossibilitada em anos com baixa ocorrência de chuvas. Além desses desafios, as práticas de manejo insustentável dos recursos da Caatinga vêm ocasionando a sua degradação, aumentando o número de áreas propensas a desertificação. Entre as atividades agrícolas que mais contribuem para esta ocorrência destaca-se o manejo inadequado do solo, através das práticas de desmatamentos e queimadas. Por isso torna-se pertinente a compreensão dos aspectos que caracterizam o Semiárido, para que se promovam políticas de convivência com esse ambiente, através da adoção de práticas agrícolas sustentáveis.