No sertão paraibano, a exploração predatória dos recursos naturais, a falta de práticas adequadas das atividades agrícolas, aliada as condições climáticas do semiárido com longos períodos de estiagem, tem degradado a cobertura vegetal e acarretado o assoreamento dos rios e reservatórios, pela erosão dos solos. Tais práticas inadequadas também estão assoreando os recursos hídricos e colocando em risco a fauna silvestre e a permanência da população na zona rural. Uma vez que com a superfície exposta o solo é erodido e os nutrientes indispensáveis para a exploração agrícola autossustentável, são exauridos rapidamente comprometendo todo o ecossistema. Uma das soluções apresentadas visando à recuperação das áreas degradadas do sertão paraibano é o reflorestamento, que vem se constituindo numa alternativa importante para a recuperação ambiental. Observada as características gerais da área degradada a ser recuperada, utiliza-se as espécies que melhor se atenda aos pré-requisitos determinados. Pois, a natureza desenvolve e emprega os melhores processos, que ao mesmo tempo, otimiza a produção e melhora as condições de vida nos lugares onde o ecossistema foi recuperado. Técnicos e biólogos acreditam que no reflorestamento dessa região, deve-se priorizar a utilização de espécies nativas, visto que através dela é possível restabelecer a biodiversidade e a riqueza da floresta original. O sertão paraibano é uma região na qual se registram grandes índices de degradação ambiental. E, com a presente pesquisa, constatou-se que o processo de degradação nessa região é resultante do modelo de exploração agrícola, instituído ainda nos tempos coloniais, que, ainda hoje mantém as mesmas técnicas rudimentares de exploração do solo. Aliado a essa particularidade existe o fenômeno das secas, que caracteriza a região e determina seu tipo de vegetação. No entanto, apesar da existência de vários estudos que apontam as causas deste fato e dos constantes alertas sobre o risco da desertificação, muito pouco tem sido feito para conter tal processo.