Trata-se de um estudo bibliográfico desenvolvido na disciplina “Relações de gênero na ciência e tecnologia, trabalho e educação profissional e tecnológica”, ministrada pela professora doutora Raquel Quirino, no programa de pós-graduação stricto senso em Educação Tecnológica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - CEFET-MG. Buscou-se entender algumas concepções sobre relações sociais de sexo, divisão do trabalho e suas interfaces com a profissão de policiais militares de Minas Gerais. Quirino (2015, p. 07) destaca que a divisão sexual do trabalho e as relações sociais de sexo são conceitos inseparáveis, o que demonstra que há uma relação social específica entre os grupos de homens e mulheres. Especialmente no que tange à divisão sexual do trabalho na polícia militar e as relações sociais de sexo nela presentes, as discussões sobre desigualdades entre homens e mulheres ficam ainda mais evidentes, uma vez que é uma instituição predominantemente masculina, principalmente por ser reconhecida socialmente como promotora de repressão e com viés combativo e ostensivo, trabalho esse relacionado às capacidades ditas masculinas. Diante do exposto, conclui-se que, em se tratando da carreira militar, as questões relacionadas à divisão sexual do trabalho e as relações sociais de sexo as desigualdades ficam ainda mais evidentes, porém, ao mesmo tempo, nota-se que tais posturas e paradigmas estão sendo rompidos diariamente por mulheres e por alguns homens que acreditam e agem em prol da equidade de gênero em qualquer espaço ou profissão.