Este trabalho de caráter bibliográfico, tem a proposta de fazer uma análise reflexiva, acerca do possível desuso do sistema braile, em função das novas possibilidades de leitura e escrita, por parte dos deficientes visuais. O tema tem proporcionado acalorados debates, que envolve as implicações pelo uso não contínuo do referido sistema, bem como, da possibilidade num futuro próximo, a tecnologia vir a substitui-lo por completo. Poderiam ambos os recursos, caminharem concomitantemente e harmonicamente, sendo complementares entre si? O braile seria insubstituível em todas as suas dimensões? Para tentar responder tais perguntas, dialogaremos com autores como: Birch (1990), Valente (2000), entre outros. No campo governamental não temos identificado nenhuma ação política ou tomada de decisão que sinalize para a desvalorização ou subutilização do método, e sim, a orientação para o uso de materiais que facilitam o acesso à informação, não se constituindo em uma ameaça ao uso do sistema consolidado. Ele tem representado nas séries iniciais a porta de acesso mais larga à leitura e à escrita para educandos cegos. Nosso trabalho está dividido em três capítulos. No primeiro capítulo abordaremos o surgimento do sistema braile e sua relevância para a inclusão de pessoas com deficiência visual; no segundo discutiremos a informática no contexto inclusivo; no terceiro capítulo faremos um confronto do sistema braile com a informática, seus pontos e contrapontos, congruências e incongruências. Ao nosso ver, um recurso não exclui o outro. Para tanto, deve-se de forma planejada, aproveitar o que cada um tem a contribuir nos diferentes níveis de escolarização de acordo com as necessidades do alunado. Não pretendemos, certamente, exaurir a discussão à cerca da temática. Esperamos oferecer nossa humilde contribuição para o desenvolvimento para novos trabalhos científicos.