O artigo apresenta uma reflexão sobre o Museu do Seringal Vila Paraíso, a partir de sua dimensão educativa para o ensino contextualizado de Ciência, em vista de discutir algumas práticas científicas em Manaus, Amazonas, na passagem do século XIX para o XX, ocasião em que o cenário da cidade de Manaus estava dominado pela economia oriunda da extração da borracha. Com base na perspectiva da História da Ciência, buscou-se ampliar a interpretação dos temas relativos à ciência a partir do acervo e do espaço do Museu do Seringal, revelando a inter-relação entre as condições vividas pelos trabalhadores seringueiros e a prevalência de doenças como a malária. Desse modo, a abordagem aponta possibilidades de aproximação entre os temas científicos e os objetos museológicos, com a finalidade de facilitar a compreensão da ciência a estudantes da Educação Básica, Ensino Superior e público em geral. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de cunho fenomenológico, com estratégia etnográfica, com objetivo de analisar as possibilidades de articular o acervo do Museu do Seringal Vila Paraíso ao ensino de ciência numa dimensão histórica, entre os séculos XIX e XX, considerando alguns procedimentos médicos aplicados à saúde pública, para normatizar o uso dos ambientes e o comportamento das pessoas.