O livro didático (LD) inserido na prática docente é considerado um importante aporte pedagógico para o cotidiano da sala de aula, sendo introduzido no contexto escolar de forma intencional, visando o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para a construção do conhecimento do alunado. Nesse contexto, mesmo com a intencionalidade do ensino sistematizado, os momentos de aprendizado devem proporcionar aos alunos uma aprendizagem significativa, onde os novos conhecimentos devem ser incorporados aos conhecimentos prévios dos alunos. Desse modo, o professor no exercício da docência deve proporcionar momentos de aprendizado significativos, para que o processo de aprendizagem não se torne algo mecânico ou repetitivo. Verificou-se no decorrer da pesquisa que, mesmo sendo abordado o uso do livro didático por vários autores, as obras não estabelecem uma relação direta entre livro didático e a aprendizagem significativa, fragmentando essa relação primordial do processo de aprendizagem do aluno, e dificultando a compreensão desta relação pelo docente. Com o objetivo de proporcionar uma reflexão sobre a aprendizagem significativa com o uso do livro didático em sala de aula, foi efetivado um estudo de caso buscando compreender como o docente utiliza-o, proporcionando ou não uma aprendizagem significativa aos alunos. Este estudo foi realizado a partir de observações em uma turma de 4º ano do ensino fundamental I, localizada no município de Acari - RN, em uma escola municipal, assim como da análise dos discursos dos sujeitos envolvidos na pesquisa. O artigo foi elaborado durante o componente curricular “Pesquisa Educacional”, no 3º período do curso de Pedagogia, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN -. Nas abordagens teóricas que subsidiaram a pesquisa, considerou-se a teoria da aprendizagem significativa de AUSUBEL (1982), referente a Psicologia Educacional; a concepção de FREITAG (1989), referente a abordagem feita ao processo de aprendizagem do aluno e; a crítica de LAJOLO (1996) ao livro didático, usado como “manual” de instruções.