Compreender a função das produções cinematográficas como agentes educacionais é abrir novos horizontes às práticas pedagógicas modernas que visam à formação de cidadãos críticos dentro do sistema social, capazes de ‘ler’ obras audiovisuais, além do entretenimento. O presente trabalho tem por objetivo elucidar como processo de apresentação de obras fílmicas na sala de aula pode funcionar como agente educacional para alunos do ensino básico, agindo como experimento sócio-educacional relevante à formação de sujeitos de livre pensamento e opinião, tendo a literatura como fator preponderante ao desenvolvimento intelectual. Para tanto, fundamentamos nossa pesquisa, a qual se caracteriza como uma revisão bibliográfica, nas concepções de letramento de Soares (2002) e Kleiman (1998); de letramento literário, de Cosson (2014); ensino e aprendizagem inovadoras, com auxilio das tecnologias, de Moran (2013); o cinema na sala de aula de Thiel e Thiel (2010), entre outros. Nesse sentido, vislumbramos uma nova perspectiva para que o ensino de literatura adquira uma nova configuração: o empoderamento dos atores do processo educacional, através de práticas onde o imagético expande a consciência e, por consequência, proporciona sua participação cidadã na sociedade em que se insere, deve ser estimulado como recurso que favorece o letramento literário, o desenvolvimento cultural e as inter-relações pessoais.