Introdução: A palavra “resiliência” com origem latina “resílio”, significa voltar ao estado natural, porém consiste na capacidade do sujeito superar as adversidades da vida e transformar-se de forma positiva. É recente a aplicação da palavra “resiliência” à Psicologia, Sociologia e Educação, no entanto antiga nas áreas de Engenharia e Física, reportando-se à resistência de materiais. Há três componentes essenciais presentes no ser resiliente, a noção de adversidade (traumas, riscos, pobreza, violência, morte, ameaça ao desenvolvimento humano), adaptação positiva (o indivíduo alcançou expectativas sociais em determinada etapa do desenvolvimento ou não houve sinais de desajuste) e a dinâmica entre mecanismos emocionais, cognitivos e socioculturais que influenciam o desenvolvimento humano. Dessa forma, compreende-se a resiliência como um fator dinâmico, pois varia ao longo do tempo de acordo com as mudanças ocorridas em cada ser humano, resultando do equilíbrio entre fatores de risco, fatores protetores e personalidade. Objetivo: Este estudo objetivou avaliar a resiliência de um grupo de 20 idosos em 2 instituições asilares de João Pessoa. Método: Participarem do estudo 20 idosos de ambos os sexos, em 2 instituições asilares de João Pessoa. Utilizou-se como instrumento a Escala de Avaliação Global da Resiliência (EAGR) – Jardim & Pereira (2006). Essa escala fornece dados sobre a capacidade atual para lidar com adversidades, crises e dificuldades e contém 8 itens com escala de resposta do tipo Likert variando entre “nunca” e “quase sempre”. Os dados foram analisados por meio do pacote estatístico SPSS em sua versão 19.0, fazendo uso da estatística descritiva. Os idosos foram abordados na própria instituição asilar e foram tomados todos os cuidados éticos necessários à pesquisa envolvendo seres humanos. Resultados: Os resultados apontaram que 01 idoso apresentou índice alto de resiliência, 12 apresentaram nível médio e 07 apresentaram baixo nível de resiliência. Entre os pontos fracos no processo de resiliência desses idosos, encontrou-se que suas maiores dificuldades são assumir sozinhos os problemas do dia-a-dia e os pontos fortes dos que apresentaram alta e média resiliência residiu na capacidade de manter-se em equilíbrio em momentos de dificuldades. Conclusão: Em suma, estes resultados apontam a necessidade de desenvolver ações que visem desenvolver a resiliência desses idosos, bem como a promoção de maior apoio social no que tange à família e cuidadores.