Introdução: O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, é entendido como um processo dinâmico e progressivo onde ocorrem mudanças morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas do ser humano, tornando o idoso susceptível a uma maior incidência de patologias. Essa realidade modifica a visão da sociedade frente ao idoso, que passa a trazer a velhice como uma questão problemática. Questão essa, que pede grande atenção, principalmente no que diz respeito à Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), que vem multiplicando-se, em função do aumento de idosos e de dificuldades apresentadas pelos familiares, quanto a cuidar deles. A institucionalização, no início, propicia a queda do estado geral das pessoas idosas, pois está diretamente relacionada ao quadro de exclusão, isolamento, opressão, crise de identidade, mudança de papéis, perdas diversas, entre outras. Situação que tenderá a mudar se a ILPI oferecer condições favoráveis para o idoso rever a sua nova condição, não de hóspede, mas de residente daquela nova morada. Dessa forma, a construção de novas possibilidades que ampliem a qualidade de vida e saúde dessa população idosa caracteriza a promoção da saúde, que consiste em estratégias de mudanças e trata-se de um dos mais importantes desafios a ser enfrentado pelos enfermeiros, visto que uma política de saúde pautada no paradigma da promoção à saúde é almejada, onde cada indivíduo tenha acesso e direitos iguais à assistência que lhe é oferecida. Objetivo: analisar as evidências disponíveis na literatura sobre a importância da Enfermagem na Promoção da Saúde para idosos institucionalizados. Metodologia: Fundamentou-se numa revisão integrativa da literatura, para a seleção dos artigos foram consultadas as bases de dados eletrônicas, Lilacs, Medline, Cochrane e Scopus; e ao total quatro artigos constituíram a amostra. Resultado: A ações do enfermeiro na promoção da saúde ao idoso institucionalizado vem acontecendo de forma desafiadora. Atender o idoso de forma holística, configurado num modelo biopsicossocial, associando os aspectos psicológicos e social ao biológico deve ser compreendido como uma nova possibilidade de ampliar a qualidade de vida dessas pessoas. São inúmeros desafios que a enfermagem enfrenta, porém passíveis de perspectivas e resoluções. Trabalhar de forma interdisciplinar dentro de uma equipe de saúde, prestando cuidados de forma integral e subjetiva é imprescindível. Olhar o idoso numa visão unitária e não fragmentada é relevante para total compreensão de saúde. E isso deve ser consolidado através de práticas distintas portando saberes diferenciados. O enfermeiro, notando as incapacidades do sistema para promover saúde qualitativamente, deve estar apto a criar estratégias e desenvolver projetos atendendo aos princípios do SUS: integralidade, universalidade e equidade, transformando a realidade, esse novo modo de enxergar e intervir só é possível reestruturando o modelo de saúde em vigor, sendo necessária a formação de profissionais voltada para a nova visão de saúde, sensíveis e comprometidos socialmente. Conclusão: O enfermeiro tem, portanto condições de tornar esse cuidado/atendimento/assistência mais humanizado, acolhedor, avaliativo, podendo contribuir para melhoria da qualidade de vida do idoso institucionalizado.