FÉLIX, Agnes et al.. . Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/2051>. Acesso em: 22/11/2024 21:07
A utilização da arte em conjunto com outros temas para a realização de práticas educativas pode constituir-se numa estratégia interessante em trabalhos com grupos estruturados, principalmente com relação à praticas de educação alimentar e nutricional. Cremos nesta afirmação principalmente pela possibilidade de atuar, a arte, como proposta que valoriza a produção de novas subjetividades, novas “possibilidades de vida” - como aponta Gilles Deleuze, em Conversações. Essa conduta acaba que contribui para o tratamento de idosos que convivem com doenças crônicas não-transmissíveis, auxiliando na capacidade criativa e com o enfrentamento da doença. Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em conjunto com a disciplina de Educação Alimentar e Nutricional do currículo do curso de graduação em Nutrição, existe o grupo estruturado Aprender é Viver. Esse grupo é formado por participantes permanentes, pacientes idosos com doenças crônicas não-transmissíveis que são atendidos no ambulatório de Nutrição Clínica; e participantes temporários, os alunos do sexto período de Nutrição que estão cursando a disciplina. Nesse grupo são desenvolvidas práticas didáticas de educação alimentar e nutricional e são planejadas através de projetos temáticos que enfocam em temas centrais que conduzem a realização da atividade. O presente trabalho tem como relatar as vivências e experiências obtidas através da realização de ações com o tema “alimentação do adulto” tendo a arte como estratégia metodológica transversal no desenvolvimento do tema com o grupo estruturado Aprender é viver. O corpus do trabalho é composto pelos planejamentos temáticos e avaliações dos encontros. A metodologia é a análise do vivido baseada nas ideias de vivência e experiencia de Josso. Para a ação foram realizados seis encontros, os sub-temas abordados em cada encontro foram: Minha vida é uma obra de arte; Água e música (Importância da hidratação para alimentação saudável); Caminhada e fotografia (Importância da atividade física para uma vida saudável); Cores na alimentação e pintura (Importância de uma alimentação colorida – variada - para alimentação saudável); Comensalidade e literatura (Importância do comer juntos para alimentação saudável); e ao final foi realizada a culminância que foi a “I mostra de arte do Aprender é Viver”, onde foram expostos os materiais artísticos produzidos durante os encontros. Com essa pratica, pudemos notar que ações de promoção e instrução sobre alimentação saudável para o público idosos pode ser desenvolvidas através de varias estratégias metodológicas criativas e que a arte mostrou-se uma ferramenta pedagógica interessante para isso, já que, através dessa desenvolvemos, não só o senso critico e reflexivo sobre nossa alimentação, mas também há o desenvolvimento da corporeidade, coordenação motora, criatividade, etc. Assim, ao trabalhar com a arte em sua interface com a saúde, esperamos colaborar de alguma maneira para a libertação da potência criadora de vida de tais sujeitos e também com a agregação de novos conceitos e praticas através dessa.