Este trabalho tem por finalidade ponderar acerca das mediações da Psicologia no âmbito da educação inclusiva, junto aos pais e amigos dos sujeitos considerados excepcionais, no contexto da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE, localizada na cidade de Campina Grande- PB. Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo, empreendida a partir de uma revisão da literatura, seguida da realização de uma entrevista semi-estruturada com dois profissionais de psicologia atuantes na referida instituição. Nessa perspectiva, se buscou depreender a respeito das intervenções realizadas no sentido de desconstruir junto aos pais e amigos desses sujeitos discursos e práticas que os colocam numa posição de inabilidade, retirando-lhes quaisquer possibilidades de disposição ativa, anulando a participação plena e efetiva dos mesmos na sociedade. Observou-se a pertinência do profissional de psicologia interposto nesse ambiente em prestar serviços de assistência psicológica, não apenas aos sujeitos excepcionais, mas aos pais e amigos que os acompanham no processo, de forma a propiciar condições favoráveis ao desenvolvimento e vivência em sociedade. Nesse sentido, esta pesquisa intentou evidenciar as práticas do psicólogo no contexto escolar voltadas aos sujeitos excepcionais, apontando suas possíveis implicações para estes, bem como as possibilidades de mediação do profissional de psicologia nesse cenário. Foi percebido que o principal desafio enfrentado pelos profissionais de psicologia são oriundos das famílias dos sujeitos excepcionais, que os percebem e definem como "incapazes", sendo necessário que se realize uma conscientização dos familiares.