A prática de sala de aula de língua portuguesa não pode se restringir à gramática normativa. É imprescindível que o processo de aprendizagem perpasse a escrita e a leitura de textos diversos para que o aluno possa se situar socialmente. O presente trabalho tem o objetivo de refletir sobre situações sociais a partir da prática da sala de aula de língua materna como espaço democrático de interação, caráter próprio da linguagem, como afirma Bakhtin (2011). O resultado é despertar no discente a proposta da leitura e produção de textos. Como a gramática não é suficiente para as possibilidades da língua, a necessidade de se ir além do texto prescritivo é fato demonstrado nas abordagens de Antunes (2007) e (2003), sempre definindo a interação como proposta efetivamente concreta e social. Com efeito, as abordagens analíticas deste trabalho é demarcar, sob os aspectos interacionais, o gênero charge, a argumentação social e política como proposta para a sala de aula. As charges foram retiradas do Novo Jornal – que circula na capital potiguar, no início de agosto de 2016. A abordagem será feita através da orientação metodológica de focalizar o conteúdo temático atrelado ao contexto de produção, que encontra respaldo na pesquisa exploratória, por ser um estudo de caso, mas também se apraz na pesquisa bibliográfica.