O álcool é uma droga lícita que tem seu uso difundido em quase todo o mundo e o seu consumo é uma causa comum de retardo mental nos filhos de mães etilistas, configurando-o como um potente teratógeno. Este artigo se propõe a realizar uma revisão bibliográfica atualizada acerca da ingestão de álcool durante a gestação e sua relevância no desenvolvimento do sistema nervoso fetal, utilizando 12 artigos produzidos entre 2005 a 2015, disponíveis integralmente e nos idiomas português e inglês, buscando como descritores: Síndrome Alcoólica Fetal, Síndrome Alcoólica Fetal e gestação, e gestação e álcool, na base de dados LILACS. O etilismo na gestação pode levar à expressão de distúrbios de ordem psicossociocomportamental, o que caracteriza a Síndrome Alcóolica Fetal (SAF) ou o Transtorno do Espectro Alcoólico Fetal (TEAF). Acredita-se que o álcool prejudique principalmente a migração neuronal, provocando uma desorganização no córtex em formação, embora os mecanismos específicos para tal fim ainda não estarem bem elucidados. Não houve consenso entre os estudos em relação à dose consumida necessária para provocar esses efeitos, mas sabe-se que o álcool pode atuar sobre o feto ou embrião durante toda a gestação. As consequências decorrentes do etilismo materno se expressam de maneira variada ao longo da vida, caracterizado por distúrbios na linguagem, atenção, memória, aprendizado, entre outros. Dessa maneira, devem ser intensificadas pesquisas que investiguem a dosagem de álcool necessária para desenvolvimento da SAF e TEAF.