Introdução: A sexualidade é a essência da vida humana e pode ser definida de acordo com o contexto social, cultural e histórico. Muito embora, existe um grande tabu quando se trata de educação sexual com os adolescentes, fazendo com que os mesmos acabem recorrendo a materiais midiáticos ou a pessoas não capacitadas para tirar suas dúvidas. As fontes de informação sobre educação sexual podem influenciar as tomadas de decisões que possam tornar os adolescentes vítimas de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) ou gravidez precoce. Objetivos: identificar os meios de informação utilizados pelos adolescentes, a influência dos meios de comunicação na educação e pratica sexual entre adolescentes. Metodologia: esse estudo ocorreu na Escola Estadual Onélia Campelo localizada na cidade de Maceió-AL. Os participantes desse estudo foram alunos que estavam cursando o 1° ano do ensino médio no turno vespertino, na faixa etária de 14 a 19 anos. Foi aplicado questionário, na qual os alunos, de forma anônima, responderam as questões. A coleta de dados foi realizada e, em seguida, obtivemos os resultados do nível de informação dos alunos e como adquirem os conhecimentos sobre sexualidade. Resultados: foram aplicados 86 questionários, sendo 44 adolescentes do sexo masculino (50%), 42 do sexo feminino (49%) e 1 não foi respondido (1%). Ao serem questionados se os pais conversam sobre sexualidade, as meninas mostraram um maior diálogo com os familiares quando comparado com os meninos, no qual 76% das meninas afirmam que possuem um diálogo com os pais contra 52% dos meninos. Quando questionados se a escola deveria abordar os temas relacionados à sexualidade, 95% das meninas e 88% dos meninos confirmaram o questionamento de forma positiva. Os adolescentes, independente do sexo afirmam que a maior parte dos conhecimentos sobre os temas relacionados a sexualidade foram adquiridos através do diálogo com amigos, sendo os pais os segundos responsáveis por essas informações no perfil feminino, e a escola vem sendo destacada no perfil masculino, também ocupando o segundo lugar com relação as fontes de informação. Em relação a influência da mídia na educação sexual, ambos informaram que a mídia influencia a ter relação sexual precoce, meninos:77%, meninas: 62%. Em relação à influência dos amigos na primeira relação sexual, 55% das meninas afirmaram que não influenciam e 57% dos meninos acham que sim. Conclusão: através deste trabalho, foi possível observar que as meninas mostraram ser mais informadas que os meninos, o que pode estar relacionado ao maior índice de orientação familiar, onde relataram maior participação dos pais no que se diz respeito à educação sexual. Observou-se também, a influência da mídia na prática sexual destes adolescentes. De modo semelhante, houve relato da influência dos amigos sobre a atividade sexual, fator este mais expressivo nos meninos. Dessa forma, há perspectivas de continuar com o estudo de modo a realizar intervenções para promover uma reflexão nestes adolescentes sobre a sexualidade.