Para Almeida e Silva (2004), a chuva no semiárido nordestino além de ser distribuída irregularmente tanto na escala espacial quanto na temporal, há anos em que a precipitação se concentra em um a dois meses e em outros que chovem torrencialmente, embora de forma irregular tanto no espaço quanto no tempo. Mediante esse cenário faz-se necessário ações que visem buscar alternativas para que a população das áreas atingida possa ter água de qualidade e em quantidade suficiente para desempenhar suas funções diárias. Este presente trabalho tem como objetivo estimar através da série histórica de 20 anos de chuvas da cidade de patos o potencial de captação de água a partir de áreas de captação atribuídas. O município de Patos localiza-se na região Centro-Oeste do Estado da Paraíba, Mesoregião Sertão Paraibano e Microregião Patos, realizou-se um levantamento histórico dos dados climáticos dos últimos 20 anos e dados de climatologia do município através do site AESA (2015), e foi observado o período chuvoso do município através da climatologia no momento que excedeu e foi inferior ao esperado, Além de analisar o potencial para captação de água da chuva levando em consideração os telhados de 50m², 75m², 100m² e calçadões de 220m². Fazendo uso do acumulo anual de cada ano, e atribuindo um coeficiente de escoamento de 75% de aproveitamento das referidas águas para as cisternas, recomendado para telha de barro por Silva (1984), simulam-se diversas áreas de telhados que teriam perfil para zona rural (Tabela 2), incluindo o cálculo especifico do uso de calçadão para atender cisternas com capacidade de 52.000 litros, comum de implantação no Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2). Notou-se na tabela acima que ao longo da série histórica da cidade de Patos o potencial de captação de água de chuva para os telhados de 50m², 75m³, 100m³ obteve-se no ano de 2001 o menor potencial chegando ao valor de 33420,0 L/ano, 50130,0 L/ano e 66840,0 L/ano respectivamente e no ano de 2004, 2000 o valor de 77587,5 L /ano, 116381,3 L/ano e 155175,0 L/ano respectivamente, ainda para esses telhados encontramos uma média de 49417,9 L/ano, 74126,8 L/ano e 98835,8 L/ano. Mediante os resultados encontrados, conclui-se que o potencial de chuvas na região de patos durante os 20 anos da série histórica são suficientes para o preenchimento das cisternas de 16000L em todos os três índices estudados, Além disso, verificou que existe um potencial enorme para utilização dos cisternões calçadões minimizando assim os prejuízos da escassez de água existente na região semiárida. Observou ainda que é necessário nas obras de captação considerar a área de captação dos telhados e calçadões bem como a capacidade dos reservatórios, além de analisar os regimes de chuvas mínimos e máximos para as tomadas de decisões nos projetos de armazenamento de água. O estudo permitiu estabelecer o regime pluvial da cidade de Patos – PB e será de grande importância para auxiliar o dimensionamento de cisternas por parte de órgão governamental ou não governamental.