Os efeitos do estresse hídrico sobre os cultivos agrícolas se refletem nos rendimentos agroindustriais dos empreendimentos agropecuários. Por isso, para avaliar a produtividade agrícola da cana-de-açúcar em função do déficit hídrico, da precipitação pluvial efetiva e dos efeitos de diferentes níveis de irrigação, foi realizado um experimento no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas, situada na cidade de Rio Largo-AL, no período de 22 de fevereiro de 2010 a 28 de fevereiro de 2011 com a variedade RB92579. O delineamento estatístico foi blocos casualizados com sete tratamentos (0, 25, 50, 75, 100, 125 e 150% da evapotranspiração de referência - ET0) e quatro repetições. As lâminas brutas de irrigação variaram de 0 mm a 734 mm. A produtividade agrícola variou de 112 t ha-1 (lâmina total efetiva de 828 mm) a 142 t ha-1 (lâmina de 1.239 mm). A diferença entre a produtividade do sequeiro (0ET0) e do tratamento com a lâmina máxima (150ET0) foi de 32 t ha-1, o que corresponde a 29% do tratamento de sequeiro. A precipitação pluvial efetiva variou de 1.436 mm no tratamento irrigado com 150% da ET0 a 1.060 mm no tratamento sem irrigação, sendo a precipitação pluvial efetiva média igual a 1.308 mm. O aumento da precipitação pluvial efetiva e do suprimento hídrico com irrigação eleva significativamente a produtividade agrícola da cana-de-açúcar.