Artigo Anais XI Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

A PSICOLOGIA DA SOBREVIVÊNCIA EM VIDAS SECAS DE GRACILIANO RAMOS: RESISTÊNCIA HUMANA, DESUMANIZAÇÃO E SEUS REFLEXOS NAS CRISES CONTEMPORÂNEAS

Palavra-chaves: , , , , Pôster (PO) GT 05 - Movimentos Sociais, Sujeitos e Processos Educativos
"2025-12-02" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1845 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 135448
    "edicao_id" => 438
    "trabalho_id" => 9029
    "inscrito_id" => 2612
    "titulo" => "A PSICOLOGIA DA SOBREVIVÊNCIA EM VIDAS SECAS DE GRACILIANO RAMOS: RESISTÊNCIA HUMANA, DESUMANIZAÇÃO E SEUS REFLEXOS NAS CRISES CONTEMPORÂNEAS"
    "resumo" => "O romance Vidas Secas (1938), de Graciliano Ramos, constitui uma das obras mais significativas do regionalismo modernista brasileiro, retratando a trajetória de uma família sertaneja marcada pela seca, fome, miséria e pela desumanização social. Este artigo analisa a obra sob a perspectiva da psicologia da sobrevivência, articulando conceitos de desumanização (Bauman, 2005), impotência aprendida (Seligman, 2011) e resistência mínima (Scott, 2008), para compreender como os personagens vivenciam e internalizam a violência estrutural que lhes é imposta. Observa-se que o silêncio e a limitação linguística de Fabiano, Sinhá Vitória e seus filhos representam a negação de cidadania, reduzindo-os a uma condição sub-humana, enquanto a cachorra Baleia, paradoxalmente, recebe maior humanização narrativa. A análise aponta que, mesmo diante da impotência aprendida, os personagens apresentam gestos de resistência mínima, como o desejo de Sinhá Vitória por uma cama de couro ou o carinho contido por Baleia, revelando que a dignidade humana persiste, ainda que fragilizada. Por fim, discute-se a atualidade do romance, que reflete fenômenos contemporâneos de exclusão, desigualdade e crises humanitárias, em especial o crescimento dos refugiados climáticos e das populações em situação de rua. Conclui-se que Vidas Secas transcende seu contexto histórico, transformando-se em uma obra universal ao retratar a psicologia da sobrevivência e a luta humana por dignidade frente a contextos de adversidade extrema, configurando-se como leitura fundamental para reflexão sobre políticas sociais e direitos humanos no Brasil e no mundo."
    "modalidade" => "Pôster (PO)"
    "area_tematica" => "GT 05 - Movimentos Sociais, Sujeitos e Processos Educativos"
    "palavra_chave" => ", , , , "
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO__EV214_ID2612_TB9029_17072025110610.pdf"
    "created_at" => "2025-12-08 15:50:24"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "ÉRICA RAFAELA DOS SANTOS CAMPOS"
    "autor_nome_curto" => "ÉRICA"
    "autor_email" => "erica-rafaela@hotmail.com"
    "autor_ies" => "OUTRA / MINHA INSTITUIÇÃO NÃO ESTÁ NA LISTA"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-xi-congresso-nacional-de-educacao"
    "edicao_nome" => "Anais XI Congresso Nacional de Educação"
    "edicao_evento" => "XI Congresso Nacional de Educação"
    "edicao_ano" => 2025
    "edicao_pasta" => "anais/conedu/2025"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "692d8b19ea55f_01122025093329.png"
    "data_publicacao" => "2025-12-02"
    "edicao_publicada_em" => "2025-12-01 09:33:29"
    "publicacao_id" => 19
    "publicacao_nome" => "Anais CONEDU"
    "publicacao_codigo" => "2358-8829"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 135448
    "edicao_id" => 438
    "trabalho_id" => 9029
    "inscrito_id" => 2612
    "titulo" => "A PSICOLOGIA DA SOBREVIVÊNCIA EM VIDAS SECAS DE GRACILIANO RAMOS: RESISTÊNCIA HUMANA, DESUMANIZAÇÃO E SEUS REFLEXOS NAS CRISES CONTEMPORÂNEAS"
    "resumo" => "O romance Vidas Secas (1938), de Graciliano Ramos, constitui uma das obras mais significativas do regionalismo modernista brasileiro, retratando a trajetória de uma família sertaneja marcada pela seca, fome, miséria e pela desumanização social. Este artigo analisa a obra sob a perspectiva da psicologia da sobrevivência, articulando conceitos de desumanização (Bauman, 2005), impotência aprendida (Seligman, 2011) e resistência mínima (Scott, 2008), para compreender como os personagens vivenciam e internalizam a violência estrutural que lhes é imposta. Observa-se que o silêncio e a limitação linguística de Fabiano, Sinhá Vitória e seus filhos representam a negação de cidadania, reduzindo-os a uma condição sub-humana, enquanto a cachorra Baleia, paradoxalmente, recebe maior humanização narrativa. A análise aponta que, mesmo diante da impotência aprendida, os personagens apresentam gestos de resistência mínima, como o desejo de Sinhá Vitória por uma cama de couro ou o carinho contido por Baleia, revelando que a dignidade humana persiste, ainda que fragilizada. Por fim, discute-se a atualidade do romance, que reflete fenômenos contemporâneos de exclusão, desigualdade e crises humanitárias, em especial o crescimento dos refugiados climáticos e das populações em situação de rua. Conclui-se que Vidas Secas transcende seu contexto histórico, transformando-se em uma obra universal ao retratar a psicologia da sobrevivência e a luta humana por dignidade frente a contextos de adversidade extrema, configurando-se como leitura fundamental para reflexão sobre políticas sociais e direitos humanos no Brasil e no mundo."
    "modalidade" => "Pôster (PO)"
    "area_tematica" => "GT 05 - Movimentos Sociais, Sujeitos e Processos Educativos"
    "palavra_chave" => ", , , , "
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO__EV214_ID2612_TB9029_17072025110610.pdf"
    "created_at" => "2025-12-08 15:50:24"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "ÉRICA RAFAELA DOS SANTOS CAMPOS"
    "autor_nome_curto" => "ÉRICA"
    "autor_email" => "erica-rafaela@hotmail.com"
    "autor_ies" => "OUTRA / MINHA INSTITUIÇÃO NÃO ESTÁ NA LISTA"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-xi-congresso-nacional-de-educacao"
    "edicao_nome" => "Anais XI Congresso Nacional de Educação"
    "edicao_evento" => "XI Congresso Nacional de Educação"
    "edicao_ano" => 2025
    "edicao_pasta" => "anais/conedu/2025"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "692d8b19ea55f_01122025093329.png"
    "data_publicacao" => "2025-12-02"
    "edicao_publicada_em" => "2025-12-01 09:33:29"
    "publicacao_id" => 19
    "publicacao_nome" => "Anais CONEDU"
    "publicacao_codigo" => "2358-8829"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 02 de dezembro de 2025

Resumo

O romance Vidas Secas (1938), de Graciliano Ramos, constitui uma das obras mais significativas do regionalismo modernista brasileiro, retratando a trajetória de uma família sertaneja marcada pela seca, fome, miséria e pela desumanização social. Este artigo analisa a obra sob a perspectiva da psicologia da sobrevivência, articulando conceitos de desumanização (Bauman, 2005), impotência aprendida (Seligman, 2011) e resistência mínima (Scott, 2008), para compreender como os personagens vivenciam e internalizam a violência estrutural que lhes é imposta. Observa-se que o silêncio e a limitação linguística de Fabiano, Sinhá Vitória e seus filhos representam a negação de cidadania, reduzindo-os a uma condição sub-humana, enquanto a cachorra Baleia, paradoxalmente, recebe maior humanização narrativa. A análise aponta que, mesmo diante da impotência aprendida, os personagens apresentam gestos de resistência mínima, como o desejo de Sinhá Vitória por uma cama de couro ou o carinho contido por Baleia, revelando que a dignidade humana persiste, ainda que fragilizada. Por fim, discute-se a atualidade do romance, que reflete fenômenos contemporâneos de exclusão, desigualdade e crises humanitárias, em especial o crescimento dos refugiados climáticos e das populações em situação de rua. Conclui-se que Vidas Secas transcende seu contexto histórico, transformando-se em uma obra universal ao retratar a psicologia da sobrevivência e a luta humana por dignidade frente a contextos de adversidade extrema, configurando-se como leitura fundamental para reflexão sobre políticas sociais e direitos humanos no Brasil e no mundo.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.