Artigo Anais XI Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

O ENSINO EM SAÚDE PARA ESTUDANTES COM TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH): UMA REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURA DAS PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS.

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Publicado em 02 de dezembro de 2025

Resumo

Muitos desafios são impostos aos docentes no acolhimento e orientação de acadêmicos neurodivergentes na universidade. Observa-se que a discussão sobre neurodiversidade ainda é incipiente no meio universitário, sendo predominantemente abordada sob a perspectiva médica, em detrimento da psicopedagógica. O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por desatenção, desorganização e/ou hiperatividade-impulsividade persistentes, cujas causas são multifatoriais, envolvendo fatores genéticos, ambientais e biológicos. Estudos indicam que os Transtornos de Aprendizagem e o TDAH têm sido negligenciados pelas políticas públicas. Esta pesquisa qualitativa, de natureza exploratória, teve como objetivo investigar estratégias de ensino em saúde para estudantes com TDAH, por meio de uma revisão narrativa da literatura. A busca foi realizada nos portais Google Acadêmico, CAPES e SciELO em março de 2025, selecionando artigos em português publicados a partir de 2021. Os resultados indicaram que as principais estratégias adotadas incluem adaptações gerais, relacionadas ao manejo institucional e geralmente aplicadas em grupos amplos, além de estratégias individuais, voltadas para a adaptação da rotina e o enfrentamento das dificuldades relacionadas à desatenção, hiperatividade e impulsividade do estudante com TDAH. Essas estratégias se complementam e consideram a necessidade de uma prática integrada ao coletivo de estudantes, sem ignorar as particularidades de cada um. A pesquisa evidenciou ainda a escassez de literatura sobre a inclusão de alunos neurodivergentes no ensino em saúde, ressaltando a urgência de ações que promovam sua inclusão no ensino superior e incentivem pesquisas sobre o tema. Recomenda-se o investimento na formação continuada dos professores, a criação de políticas institucionais específicas e o desenvolvimento de ambientes de aprendizagem mais flexíveis. Foram identificados desafios como a falta de formação específica dos docentes da área da saúde, a ausência de políticas institucionais claras e a limitação de recursos. Além disso, destaca-se a importância do engajamento da comunidade acadêmica na discussão sobre a neurodiversidade, visando engajar a valorização das diferenças.

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