Artigo Anais XI Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

DISLEXIA E TDAH: (BIO)MEDICALIZAÇÃO DAS DIFICULDADES EM LEITURA E DOS PROCESSOS ATENCIONAIS COMO ESTRATÉGIA BIOPOLÍTICA

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Publicado em 02 de dezembro de 2025

Resumo

As dificuldades em leitura e a diversidade de processos atencionais e comportamentais abundam nas escolas contemporâneas. Elas costumam ser interpretados a partir do dispositivo do diagnóstico, o qual, por sua vez, é resultado da (bio)medicalização, uma estratégia biopolítica (Foucault, 1977; 2008). Assim, dificuldades em leitura tendem a ser rapidamente rotuladas como Dislexia por educadores e operadores dos saberes psi e médico-psiquiátricos. Os processos atencionais anormais e os comportamentos agitados e/ou impulsivos são compreendidos a partir do significante do TDAH. Esses diagnósticos, porém, não são um consenso científico, visto que seus critérios diagnósticos são frouxos e imprecisos (Moysés; Collares, 1992; 2015), apesar de a ciência médico-psiquiátrica se valer de um verniz biologicista e neurocentrado para reforçar suas hipóteses. Até o momento, no entanto, não é possível afirmar que a Dislexia ou o TDAH seriam transtornos de origem neurobiológica. No presente trabalho, pretende-se apresentar os argumentos e evidências que caracterizam a Dislexia e o TDAH como transtornos do neurodesenvolvimento, a partir dos enunciados presentes no DSM-5-TR e nas páginas da Associação Brasileira da Dislexia (ABD) e da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA). Como contrapartida, pretende-se tensionar tais afirmações, a partir de Caponi (2009; 2014; 2019), Foucault (1977; 2008), Moysés (2001), Moysés e Collares (1992; 2015). Entende-se, aqui, que o DSM-5-TR se apresenta como um dispositivo de segurança (Caponi, 2014), no qual diagnósticos como a Dislexia e o TDAH pretendem, concomitantemente, o controle e a normalização subjetivas e a estigmatização de maneiras diversas de aprender e se conduzir.

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