DUARTE, Tayse Tâmara Da Paixão et al.. Risco para quedas em idosos. Anais IV CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2015. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/12781>. Acesso em: 23/12/2024 02:59
OBJETIVO: avaliar os fatores ambientais de risco para quedas em domicílios de idosos moradores de Ceilândia/Brasília-DF, Brasil. METODOLOGIA: quantitativa, descritiva, exploratória e transversal. Instrumento utilizado foi adaptado do Inquérito Domiciliar do Projeto SABE (Saúde, Bem-estar e Envelhecimento) para investigar os fatores de risco de quedas. RESULTADOS: Foram avaliados 191 idosos, a maioria (56%) do sexo feminino, 36,6% com idade entre 60 e 65 anos. A maior parte da amostra é de 62,3% aposentados, 55% com renda de um a dois salários mínimos e 42,4% morando com três a quatro pessoas na casa. Dos idosos entrevistados, a maioria (119) era sedentário, 156 não fumam, mas um número representativo já foi fumante e 135 atualmente não consomem bebida alcoólica. Quanto às características da moradia, foi observado que 88,4% dos idosos têm casa própria, 99% possuem água encanada e saneamento básico, respectivamente. Em relação aos fatores de risco para queda, 95,8% dos idosos deambulam, 76,5% tem por costume ir ao quintal, 77,% utilizam chinelos/tamancos durante o dia e para levantar-se durante a noite. Não possuem apoio (79%) para entrar/sair do banheiro, e 93,7 não tem barras de apoio no banheiro. As ruas de acesso das casas são planas (68,1%) na maioria dos locais, e 50,3% não possuem rampa na calçada. Referente às barreiras físicas no domicílio, a maioria apresentou características de móveis pesados, degraus, apresentam pisos escorregadios, escadas na entrada, escadas no quintal e objetos. CONCLUSÃO: Os principais fatores de risco de quedas no ambiente do idoso foram costume ir ao quintal, uso de chinelos/tamancos durante o dia e para levantar-se durante a noite, não possuir apoio para entrar/sair do banheiro, falta de tapetes de borracha ou piso anti-derrapante no banheiro e barras de apoio no banheiro, ausência de rampas, móveis pesados, degraus, pisos escorregadios, escadas na entrada, escadas no quintal e objetos desordenados. A queda é um problema que pode ser evitado avaliando os hábitos do idoso e seu ambiente domiciliar. O idoso deve ter conhecimento do que deve ser modificado. Esta conscientização da população em questão deve ser realizada com a elaboração de programas específicos para esse grupo de indivíduos, com crescimento cada vez mais representativo em nosso país.