O número de pacientes portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM) tende a aumentar a cada ano, devido a fatores como o envelhecimento da população, a hereditariedade e o estilo de vida pouco saudável. Como consequência, observa-se o aumento do uso continuo de medicamentos. Diante deste quadro e visando um acompanhamento constante, o Ministério da Saúde adotou uma série de medidas dentro do chamado Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus (HIPERDIA). O presente estudo buscou determinar o perfil dos usuários cadastrados da Unidade Básica de Saúde da Família Adriana Bezerra, do município de Campina Grande, Paraíba, investigar e descrever brevemente os medicamentos mais utilizados, caracterizando as possíveis interações medicamentosas e danos que possam acometê-los. Os dados revelaram uma prevalência de HAS que correspondem a 60%, enquanto pacientes com Diabetes Mellitus representa 7% e os que possuem ambas as patologias 33%. Entre os usuários 82% consomem dois, três ou quatro medicamentos por dia e 18% consomem cinco ou mais medicamentos por dia. Os medicamentos mais consumidos foram: Hidroclorotiazida 21%, Metformina 13%, Losartana 13% e Captopril 13%. Conclui-se que possíveis interações medicamentosas podem apresentar riscos potenciais para o paciente, e tais fatores podem implicar na adesão do tratamento.