O estudo do estresse térmico nos transportes públicos no município do Rio de janeiro, mais especificamente das frotas de ônibus, é a pretensão deste trabalho. O objetivo é analisar o desconforto térmico sofrido pelos usuários destes meios de transportes e relacionar tais problemas com as questões de saúde pública, com o descaso e negligência governamental, e as extremas mudanças climáticas sofridas na região de estudo. Além disso, foram observadas as regiões que mais são afetadas, sendo elas a zona norte, zona oeste e centro do município, nas quais são áreas menos favorecidas pelas desigualdades sociais. Diante desse cenário, buscou-se registros de frotas de ônibus transitando com o ar-condicionado desligado em meio a temperaturas elevadas da cidade do Rio de Janeiro, que vem nas últimas décadas se agravando por questões climáticas globais graves e pela falta de preparo das cidades aglomeradas. Tais registros foram localizados por meio de denunciais dos próprios usuários aos meios de comunicação da prefeitura e por dados disponíveis em sites oficiais do governo. Observou-se que embora existam decretos obrigando as empresas de tais transportes a funcionarem com climatização adequada e multas aplicadas em caso de desregularidade ou não cumprimento do decreto, ainda há uma grande quantidade de ônibus transitando de modo inapropriado, em que as empresas responsáveis acabam ignorando totalmente a saúde de seus próprios trabalhadores e passageiros que estão à mercê desse meio para trabalharem e/ou se locomoverem no município.