Os episódios de inundação representam 10% dos das perdas financeiras associadas a desastres naturais no Brasil, representando, em média, 1,3 bilhão de reais/ano (CEPED/UFSC, 2020). Uma das formas de avaliar e entender os episódios de inundação passa pelo estudo e a análise das bacias hidrográficas, seja a partir de suas características naturais, bem como pelas intervenções humanas processadas. Desenvolvida desde 1945, a partir dos trabalhos de Robert E. Horton e Arthur N Strahler, a análise morfométrica de bacias hidrográficas fornece diversos subsídios ao planejamento e a gestão da bacia hidrográfica. A interpretação dos dados destes indicadores (Índice de circularidade (IC), coeficiente de compacidade (Kc) e fator forma (Ff)) para as bacias hidrográficas dos rios Pomba (BHRP) e Muriaé (BHRM) mostram que estas teriam uma baixa suscetibilidade a inundações. Entretanto, destaca-se que no médio/baixo curso das bacias hidrográficas são comuns os episódios de inundação. Indicando que outros parâmetros devem ser visualizados como importantes para a ocorrência das inundações, tais como uso da terra, declividade, geologia e pedologia.