Ao longo dos anos, os pesquisadores passaram a estudar o adoecimento da população de forma mais aprofundada, desenvolvendo mapeamentos e aprimorando suas análises socioambientais, esse processo levou à consolidação de um subcampo da geografia, atualmente conhecido como Geografia da Saúde, através dessas pesquisas, tornou-se possível analisar diversos elementos geográficos que influenciam algumas doenças, como fatores educacionais, culturais, ambientais e econômicos, assim como a falta de acesso a serviços e recurso. Dessa forma, a Geografia da Saúde pode contribuir significativamente, oferecendo elementos que auxiliem na gestão pública, como a elaboração de cenários futuros e a análise das vulnerabilidades preexistentes nas sociedades, as pesquisas relacionadas às doenças vem recebendo destaque nas pesquisas dos geógrafos, utilizando diferentes recortes temporais e espaciais, diante disso, este texto objetiva investigar as principais contribuições científicas com temática da Covid-19 relacionando elementos geográficos e as vulnerabilidades antecedentes, Através da pesquisa realizada no site “Periódicos da Capes” foram obtidos 13 artigos, e posteriormente classificados de acordo com os métodos e técnicas utilizados. Desses, apenas 3 tratam de dados sociais na construção de índices de vulnerabilidade à Covid-19, entre as técnicas utilizadas destacam-se a Função K de Ripley, o estimador de intensidade de Kernel, a combinação linear ponderada e o modelo econométrico. Os demais trabalhos utilizaram Índices de Vulnerabilidade Socioambiental/Social (IVS) provenientes de fontes oficiais dos municípios estudados e adotaram abordagens qualitativas. No geral, as vulnerabilidades socioambientais foram determinantes na persistência da doença e no agravamento dos quadros clínicos das populações infectadas.