Inselbergs caracterizados por feições de fraturamento correspondem à manifestação geomorfológica do desmembramento do corpo rochoso e colapso. As escarpas íngremes e parcialmente recobertas por blocos angulosos dispostos caoticamente revela, em termos evolutivos, a predominância dos controles morfoestruturais, dados pela presença de veios/diques, sheeting joints, e fraturas verticais. Esses planos estruturais, por sua vez, criam anisotropias que orientam as direções de fraturamento e queda de blocos. Propõe-se aqui um modelo de evolução geomorfológica de inselbergs graníticos submetidos a uma pré-disposição estrutural ao fraturamento, utilizando como exemplo a análise do inselberg Pedra da Galinha Choca (PGC) (Quixadá, NE do Brasil) cuja morfologia atesta processos de desintegração mecânica. A extração e interpretação de dados baseou-se em trabalhos de campo e levantamento aerofotogramétrico com drone, cujos produtos são modelo digital de alta resolução, ortomosaico e MDE. Observou-se que redes de fraturamentos multidirecionais promovem o encaixe de blocos, permitindo a manutenção de escarpas íngremes (>60°), nas quais feições de dissolução tendem a ser incipientes dada a instabilidade estrutural que promove colapso. Assim, as principais feições de ornamentação nesses relevos são cavidades do tipo tafone de colapso (TC) e megablocos colapsados (MBC). Como resultado desse contexto estrutural, tem-se inselberg com feições angulosas, escarpas íngremes e amplos depósitos de tálus.