O emprego do LiDAR para captura de dados tridimensionais da superfície cresceu na última década. No entanto, trata-se de um instrumento de elevado custo, o que dificulta pesquisas que necessitam de análises frequentes. Os constantes avanços tecnológicos têm contribuído para o desenvolvimento de equipamentos de coleta de dados espaciais, impulsionando a evolução do sensoriamento remoto. O uso de ARP (Aeronaves Remotamente Pilotadas),por exemplo, tem facilitado os estudos com dados precisos, além de possibilitar a repetição de levantamentos topográficos, o que auxilia na análise de mudanças geomórficas. Por isso posto, o estudo tem por objetivo analisar as mudanças geomórficas em uma falésia marinha sedimentar no Ceará, utilizando Modelos Digitais de Elevação (MDEs) gerados por LiDAR e ARP. Em termos metodológicos, utilizou-se MDEs oriundos de LiDAR e ARP, respectivamente, de 2014 e 2022, da praia da Redonda, no município de Icapuí. Para obtenção dos dados, foi realizada campanha de campo para o aerolevantamento, com auxílio de ARP e equipamento GPS geodésico em modo RTK. Os dados de LiDAR foi adquirido pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE). Como resultado, nos 8 anos de análise, obteve-se uma taxa de perda de volume vertical de 1.080.640,28 m3. Por fim, ressalta-se a importância da análise de detecção geomórfica para uma melhor gestão das falésias marinhas, considerando que os movimentos de massa podem criar áreas de risco para os turistas e moradores.