Os mapas geomorfológicos são o principal meio para representação da superfície terrestre e dos processos que atuam sobre ela, sejam eles naturais ou antrópicos. Dada a evolução das geotecnologias, o uso de modelos digitais do relevo tornou-se parte essencial deste tipo de representação. Quando associados aos softwares SIG, estes modelos digitais embasam a geração dos produtos cartográficos, incluindo aqueles relacionados com a geomorfologia. É comum a utilização de cores para indicar a gênese do relevo. O Serviço Geológico Nacional da Itália utiliza as cores para indicar a morfogênese e o estado de atividade das formas mapeadas. Na metodologia italiana, os elementos geomorfológicos são representados por símbolos cuja cor está relacionada com seu processo de formação. Através dos mapas geomorfológicos, ou cartas geomorfológicas, é possível compreender a evolução da paisagem e compreender as tendências evolutivas do ambiente. A área de estudo deste trabalho é o município de Morro Grande/SC, situado no extremo sul catarinense. No município ocorrem as unidades geomorfológicas Planície Alúvio-coluvionar, Patamares da Serra Geral e Escarpa da Serra Geral. As referidas planícies, onde encontra-se a área de estudo, são formadas pela deposição de material oriundo das encostas, através de processos gravitacionais e fluviais. O mapeamento geomorfológico de detalhe foi realizado em duas áreas de Morro Grande, que é um dos sete integrantes do Geoparque Mundial da UNESCO Caminhos dos Cânions do Sul (GMUCCS). O objetivo principal do trabalho foi de realizar o mapeamento de detalhe de duas formas de origem fluvial do município, uma ativa e outra inativa.