Inscritos na perspectiva biográfica (Delory-Momberger, 2012) com os rascunhos de si (Passeggi, 2010) na pesquisa (auto)biográfica em educação, abrimo-nos ao acontecer humano desenhando pedagogicamente, nas aulas de Didática I, em uma universidade federal do noroeste fluminense, no qual vislumbramos devires autorais num movimento de metamorfosear o tempo da experiência humana com a intensidade do cotidiano existencial. Apostamos no pensarnarrar para descortinar “outras maneiras de ver”, conforme nos ensina Delory-Momberger (2012, p. 73), tensionando o (des)cobrimento do “universo de olhares” que se manifestam na interação entre as narrativas escolares e a formação inicial. Por meio do estranhamento, da articulação da visão e da sensibilidade circunscrita no campo interno da experiência, buscamos maneiras de fomentar um modo existencial de compreender o processo de ensino-aprendizagem e os saberes didáticos enquanto experiências históricas, sociais e humanas. Concluímos que os licenciandos em Pedagogia ao acessarem suas memórias escolares, exploram movimentos da linguagem, pensamento e práxis social potencializando andanças emancipatórias no forjar paisagens pedagógicas.