KLEIN, Carin et al.. Algumas discussões sobre os corpos gordos. Anais do X Congresso Nacional de Educação... Campina Grande: Realize Editora, 2024. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/110956>. Acesso em: 23/11/2024 14:45
Este trabalho é um fragmento da tese de doutorado, intitulada “Quer ter seu antes e depois postado aqui?”: representações do corpo gordo no Instagram @barifoco , tendo objetivos de responder às seguintes questões: 1) Como são representados os corpos femininos, através do antes e do depois, postados no perfil @barifoco no Instagram? e 2) Quais as estratégias pedagógicas utilizadas pelo @barifoco para interpelar as mulheres a realizarem a cirurgia bariátrica? A abordagem teórico-metodológica se baseia nos campos teóricos dos Estudos Culturais em Educação e autores/as, ligados à temática. As análises possibilitaram a construção de três eixos analíticos, sendo eles: Eixo 1. As estratégias pedagógicas utilizadas pelo perfil @barifoco; Eixo 2. As relações de consumo que cercam as buscas por um corpo ideal; e, por fim, Eixo 3. As “transformações” nos corpos postadas no antes e no depois. O fragmento escolhido, trata-se do capitulo 3 “Algumas discussões sobre corpos gordos”, que traz uma importante discussão dos estudiosos do corpo para as análises aqui apresentadas. As discussões desenvolvidas nos conduzem a pensar nos modos de significar os corpos gordos, a valorização de suas diferenças, as construções de formas binárias de pensar, além de materializar o que se entende por beleza, feiura, abjeção, gordura, magreza, feminilidade, masculinidade, saúde, doença, preguiça e atividade. Vale ressaltar que os padrões vigentes dos corpos são (re)construídos em diferentes contextos sociais. De acordo com essa perspectiva é possível observar, que na contemporaneidade, a valorização do corpo magro, sobre tudo, com o maior poder aquisitivo, tem um impacto positivo no grupo feminino, principalmente, nas mulheres jovens, pois representam simbolicamente, felicidade, sucesso pessoal, prestígio, disciplina e autocontrole. Desse modo, na sociedade moderna, o corpo passa a ser um objeto ameaçador, devendo ser vigiado e alvo de controle permanente.