Objetivou-se no presente trabalho investigar os fatores estressores vivenciados por estudantes universitários, bem como identificar o perfil sociodemográfico desses estudantes, verificar quais atividades universitárias são geradoras e/ou potencializadoras de estresse e compreender a percepção dos alunos em relação aos fatores estressores gerados pelas atribuições universitárias. Para a construção da pesquisa foi desenvolvida uma análise de metodologia qualitativa, onde 52 estudantes foram entrevistados a partir de um roteiro semiestruturado. As falas dos estudantes foram utilizadas para interpretação dos resultados e representam a percepção deles em relação ao contexto acadêmico. No processo de análise, pôde-se constatar a importância das seguintes categorias: Tipos de manifestação do estresse, como as relações interpessoais podem influenciar a experiência estressora em relação ao contexto acadêmico e as maneiras de aliviar o estresse. A partir dessas categorias observou-se que os estudantes vivenciam uma série de sintomas físicos, emocionais e psicológicos quando estão estressados em relação ao contexto universitário, foi possível constatar que ao experienciar esses sintomas eles acabam por prejudicar seu desempenho acadêmico, gerando ansiedade também. Outras variáveis puderam ser relacionadas com o estresse acadêmico, como é o caso das relações interpessoais, afetando de maneira positiva ou negativa dependendo da qualidade desses vínculos, assim como realizar atividades físicas ou fazer uso de bebidas alcoólicas para amenizar o estresse. O estudo demonstra a importância do tema da saúde mental dos discentes no cotidiano do ensino superior. Se em outros momentos, os docentes não levavam em consideração aspectos pessoais de seus alunos para a formulação de suas práticas docentes, reconhece-se no contexto atual, a necessidade de entender os educandos em sua totalidade durante a jornada acadêmica.