O mundo tem experienciado uma nova forma de trabalhar com idosos, trata-se da terapia com bonecas do tipo bebê reborn, ou ainda próximas do ser real, que, mesmo sendo um método não verbal, se apresentam como terapêuticas, possibilitando entender melhor os sentimentos e contribuindo na melhoria de doenças em idosos. Apesar disso, estudos evidenciam que a terapia com bonecas não é uma regra, não devendo ser realizada de imediato, pois o efeito pode ser contrário ao esperado. Esse trabalho visa provocar uma análise sobre a eficácia da utilização das bonecas terapêuticas com pessoas idosas. Trata-se de uma revisão de literatura, tomando como base, publicações científicas nos idiomas português e inglês, dos últimos 5 anos. Os resultados apontam as bonecas como recursos úteis para pessoas idosas, sendo eficaz em patologias como depressão e Alzheimer, promovendo, alegria e senso de “responsabilidade” para com o “ser cuidado”. Um estudo realizado no reino unido destaca que, num lar de idosos, a terapia com bonecas diminuiu o uso de drogas psicotrópicas de 92% para 28%. Estudos recentes revelaram, como maior benefício, o resgate da sensação de utilidade, relembrando o cuidado dos filhos, sendo produtivos. Embora os resultados iniciais sejam encorajadores, três estudos chamam a atenção que, nem sempre, esse recurso vai servir para todas os idosos, sobretudo, pessoas idosas com ansiedade severa, pois, podem ficar estressadas com a responsabilidade de cuidar, destacando ainda, que é preciso prudência, na oferta dos bonecos de acordo com cada fase do Alzheimer. Conclui-se que a boneca terapêutica, ajuda idosos a lidar com emoções, diminui a ociosidade, a solidão, melhora o sentimento de utilidade, promove melhoria na qualidade de vida, mas, por ser recurso ainda pouco difundido, é preciso cautela, sendo utilizado por profissionais preparados e com pessoas idosas elegíveis, respeitando sua autonomia e interesse na participação da terapia proposta.