O envelhecimento populacional é uma realidade crescente no Brasil, assim como em outros países, o que provoca efeitos na sociedade, como a sobrecarga em sistemas de saúde e a necessidade de cuidado contínuo por parte da família. O cuidador informal presta essa assistência permanente ao idoso dependente e, geralmente, é um familiar ou pessoa que o paciente tenha algum tipo de relação. Por ser uma atividade contínua e que exige muitas responsabilidades, esse cuidador também necessita de atenção. Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi realizar um levantamento bibliográfico sobre a saúde mental dos cuidadores informais de idosos dependentes. Para tanto, foi escolhida a revisão narrativa, procedimento que mostra o estado da arte da literatura acerca da temática e não utiliza critérios sistematizados. As bases de dados pesquisadas foram Periódicos Eletrônicos em Psicologia (Pepsic) e Google Acadêmico. No total, foram selecionados 14 trabalhos. Os resultados mostraram altos índices de sobrecarga, de estresse e de sintomas depressivos nos cuidadores informais, principalmente, nos cônjuges e em mulheres. Além disso, os estudos apontaram que esses cuidadores não se sentem reconhecidos pelos idosos, bem como se sentem angustiados pela falta de conhecimento, de recursos financeiros e de suporte social. Por fim, mostra-se a importância de intervenções psicossociais e elaboração de estratégias para a ampliação do conhecimento e para valorização do trabalho, visando a melhoria na saúde mental dos cuidados informais.