“Todo camburão tem um pouco de navio negreiro”. Diante dessa compreensão, o presente artigo discute o papel do ensino de história na educação antirracista por meio da análise dos resultados obtidos em uma sequência didática realizada no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES) da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), edição 2020-2022. Assim, questiona-se a filiação epistemológica dos discursos historiográficos, a concepção pedagógica invocada nas salas de aula e, no limite, a própria realidade social, bem como apresenta-se elementos que possibilitem uma proposta educativa desde as margens e a contrapelo. Em última instância, sustenta-se que o enegrecimento das estruturas epistêmicas é indispensável para que seja possível ver um país que não está no retrato.