Este artigo busca tecer diálogos entre a arte e o ensino de arte nas escolas, instituições majoritariamente marcadas por dualismos e segmentações disciplinares. Investigamos a interterritorialidade como princípio rizomático da arte que pode reconectá-la às práticas escolares, intensificar uma pedagogia pela criação e produzir diferenciação na estrutura escolar. Discutimos os desafios e os sonhos que essa posição contra-hegemônica produz, os quais puderam ser vivenciados por uma estudante do PIBID - Subprojeto Arte numa escola pública municipal que atende o Fundamental I em Campinas (SP). Ao final, com base no grande referencial de Ana Mae Barbosa, reafirmamos a potência e a possibilidade da interterritorialidade, caracterizada pela abertura ao encontro inclusive com a disciplinaridade não-programada, em modo de constante construção por meio da tentativa.