Na indústria petrolífera, as emulsões são formadas como resultado da presença de água durante a produção juntamente com a aplicação de alta tensão de cisalhamento nas válvulas e tubulações. Elas são altamente estáveis e geram diversos entraves operacionais, ambientais e econômicos para a indústria. Como meio de remediação desses problemas, vários métodos tem sido estudados para promover separação das fases emulsionadas e/ou inibição da formação de emulsão. Neste cenário, esse trabalho se propõe a investigar a relação da interação de determinados líquidos iônicos com os asfaltenos e determinar a influência dessa interação sobre o nível de estabilidade das emulsões. Para isso foi realizado o estudo de quebra de emulsão com distintos líquidos iônicos em diferentes concentrações. Verificou-se também através de análises de tensão interfacial a interação destes líquidos iônicos com os asfaltenos extraídos do petróleo. Os resultados obtidos confirmaram a eficácia da aplicação de determinados líquidos iônicos como desemulsificantes e inibidores de formação de emulsão. Dentre os fatores preponderantes destacam-se o tamanho da cadeia alquílica do cátion e a concentração do líquido iônico utilizado. As análises de tensão interfacial tornaram evidente a redução do potencial emulsificante dos asfaltenos no petróleo, comprovando a interação entre esses compostos. Assim, constata-se a urgente necessidade de integração dos estudos relacionados à agregação dos asfaltenos e o potencial de formação de emulsão de petróleos. Dessa forma, pode-se otimizar o desenvolvimento de técnicas de inibição e remediação dos problemas gerado por ambos os fenômenos.