Este relato de experiência reflexivo descreve o trabalho com o piquenique literário que consistiu em uma ação extensionista realizada com as turmas do 1° ano do Ensino Fundamental de uma rede estadual de Belo Horizonte. Para esse exercício, contamos com a participação de trinta estudantes, entre seis e sete anos de idade. Nesse contexto, a intervenção ocorreu em três etapas: na primeira etapa, tivemos o momento de organização do ambiente, com o intuito de pensar na construção de um local que promovesse uma maior interação e conexão dos alunos com a leitura. Na segunda etapa, tivemos a contação de história e a atividade prática, na qual os educandos em pequenos grupos de cinco estudantes tiveram que realizar uma pintura das frutas preferidas e de elementos que mais chamaram atenção em relação às histórias. Na terceira etapa, tivemos o piquenique coletivo, como forma de fechamento do nosso encontro e como um momento de interação entre os educandos e degustação das frutas que as crianças escolheram levar para o lanche em grupo. Os resultados indicaram uma melhoria em relação ao interesse dos alunos pela leitura, compreendendo que o ato de ler não precisa ser maçante. Pelo contrário, o ato de ler pode e deve ser uma tarefa interessante e instigante que desperte a curiosidade e a imaginação das crianças. Tais resultados nos instigam a problematizar acerca da necessidade de pensar em atividades que promovam o protagonismo do aluno frente ao processo de ensino-aprendizagem e as práticas de alfabetização e letramento.